Identificação

Educação Digital - TIC - NTE Santos 1 - 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Brincadeiras regionais

Do que as crianças brincam? Nesta série especial reunimos 40 brincadeiras de todas as regiões do Brasil. Aprenda as regras, ouça as músicas e experimente! Vamos começar passeando pela região Sudeste. 

Em São Paulo, a diversão de todos os povos

Ana Ligia Scachetti (novaescola@atleitor.com.br)

A viagem pelas brincadeiras brasileiras começa em São Paulo. Nos arredores da maior cidade do Brasil, se encontra uma vastidão delas. Muitas também são comuns em outras regiões. Natural, já que São Paulo é terra de mineiros, gaúchos, baianos, japoneses e tantos outros migrantes e imigrantes.

A menos de 30 quilômetros da metrópole, em Carapicuíba, ao lado de uma construção jesuítica, está a Associação da Aldeia de Carapicuíba (OCA). Dezenas de brincadeiras sobrevivem por lá nas mãos e nos olhares concentrados das crianças que frequentam a ONG e que têm períodos livres para brincar. Três delas são apresentadas nesta página e nas seguintes. "Cada geração nos traz alguns jogos", conta Lucilene Silva, coordenadora da OCA.

Na aldeia indígena Krukutu, em São Paulo, as gerações passaram, mas a tradição permaneceu. Lá estão representantes dos primeiros nativos do Brasil. Eles vivem a cultura de seus ancestrais, se comunicam em guarani e brincam com a peteca feita de palha de milho. São prova viva de que o brincar é mutante, mas também pode sobreviver às pressões do progresso.

Eu vi as três meninas
Eu vi as três meninas. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Como brincar Formar uma roda maior por fora e uma outra pequena, com três crianças, dentro da grande. Todos giram, cada grupo para um lado, enquanto cantam as duas primeiras estrofes da música. Quando chegam em "tindolelê", as que estão no centro se viram e dançam uma espécie de frevo em frente a três amigos que estão na roda maior. Ao terminar, trocam de lugar.
Peteca
Peteca. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Como brincar Formar uma roda com pelo menos três integrantes. Quem vai começar segura a peteca com uma mão e bate nela de baixo para cima com a outra, lançando-a para um dos outros. Ao receber o brinquedo, essa criança o rebate, passando adiante. Quando alguém deixa a peteca cair, sai da brincadeira. Também é possível brincar sozinho, jogando a peteca para cima o máximo que conseguir.

Variações Há diversos outros tipos de peteca, entre elas aquela utilizada no jogo de badminton, que integra a Olimpíada.
Peteca. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Receita da peteca

Ingrediente Palha de uma espiga de milho.

Modo de fazer Retire a palha da espiga, evitando rasgá-la. Dobre a primeira folha, enrolando-a até formar um quadrado de mais ou menos 4 centímetros de lado. Esta será a base da peteca, que deve ser envolvida com as demais. Repita esse embrulho até chegar ao tamanho desejado. Deixe as extremidades soltas para cima, formando as "penas" da peteca. Por fim, tire um pedaço mais fino da palha que sobrou, formando uma tira. Com ela, amarre o brinquedo, unindo a parte das folhas que estão soltas. Agora é só jogar!

Histórico Na aldeia Krukutu, quem ensina as crianças a fazer a peteca (mangá, em guarani) é Maria Paulina, 47 anos. Ela veio a pé do Paraná com os pais na época da fundação da aldeia e trouxe de lá essa tradição indígena.
Dom Frederico
Dom Frederico. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Como brincar Olhos nos olhos, respira fundo e vai... Começa-se batendo as palmas e fazendo os gestos devagar. Com cuidado, todos vão aumentando a velocidade para não errar. Duas ou quatro pessoas brincam juntas e várias duplas podem ficar lado a lado para aumentar a disputa de quem faz os gestos melhor e mais rápido.

Variações Há inúmeras brincadeiras feitas com as mãos, cada uma com músicas e movimentos específicos, como adoleta e babalu, encontradas em várias partes do Brasil.

Histórico Essa versão de dom frederico foi levada à ONG de Carapicuíba por Jaqueline Alves da Silva, 18 anos. Ela aprendeu com uma prima quando ainda era criança.
Dom Frederico. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Laranjas maduras
Laranjas maduras. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Como brincar Em roda, o grupo gira enquanto canta. A cada volta, fala-se o nome de uma criança (substituindo Joãozinho), que deve se virar de costas para o centro do círculo, permanecendo de mãos dadas com os amigos. Depois que todos estiverem nessa posição, cantam "desvira todo mundo, esquerda janela". "A hora de virar é a mais legal", avisa Gislaine Gomes dos Santos, 9 anos, que aprendeu a brincadeira com Lucilene, da OCA.

Agradecimentos Oca e Aldeia Krukutu
fontte:  http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/sao-paulo-diversao-todos-povos-682953.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário