Brincadeiras regionais
Do que as crianças brincam? Nesta série especial reunimos 40 brincadeiras de todas as regiões do Brasil. Aprenda as regras, ouça as músicas e experimente! Vamos começar passeando pela região Sudeste.
Em São Paulo, a diversão de todos os povos
Ana Ligia Scachetti (novaescola@atleitor.com.br)
A viagem pelas brincadeiras brasileiras começa
em São Paulo. Nos arredores da maior cidade do Brasil, se encontra uma
vastidão delas. Muitas também são comuns em outras regiões. Natural, já
que São Paulo é terra de mineiros, gaúchos, baianos, japoneses e tantos
outros migrantes e imigrantes.
A menos de 30 quilômetros da metrópole, em Carapicuíba, ao lado de uma construção jesuítica, está a Associação da Aldeia de Carapicuíba (OCA). Dezenas de brincadeiras sobrevivem por lá nas mãos e nos olhares concentrados das crianças que frequentam a ONG e que têm períodos livres para brincar. Três delas são apresentadas nesta página e nas seguintes. "Cada geração nos traz alguns jogos", conta Lucilene Silva, coordenadora da OCA.
Na aldeia indígena Krukutu, em São Paulo, as gerações passaram, mas a tradição permaneceu. Lá estão representantes dos primeiros nativos do Brasil. Eles vivem a cultura de seus ancestrais, se comunicam em guarani e brincam com a peteca feita de palha de milho. São prova viva de que o brincar é mutante, mas também pode sobreviver às pressões do progresso.
Como brincar Formar uma roda maior por fora e uma
outra pequena, com três crianças, dentro da grande. Todos giram, cada
grupo para um lado, enquanto cantam as duas primeiras estrofes da
música. Quando chegam em "tindolelê", as que estão no centro se viram e
dançam uma espécie de frevo em frente a três amigos que estão na roda
maior. Ao terminar, trocam de lugar.
Como brincar Formar uma roda com pelo menos três
integrantes. Quem vai começar segura a peteca com uma mão e bate nela de
baixo para cima com a outra, lançando-a para um dos outros. Ao receber o
brinquedo, essa criança o rebate, passando adiante. Quando alguém deixa
a peteca cair, sai da brincadeira. Também é possível brincar sozinho,
jogando a peteca para cima o máximo que conseguir.
Variações Há diversos outros tipos de peteca, entre elas aquela utilizada no jogo de badminton, que integra a Olimpíada.
Receita da peteca
Ingrediente Palha de uma espiga de milho.
Modo de fazer Retire a palha da espiga, evitando rasgá-la. Dobre a primeira folha, enrolando-a até formar um quadrado de mais ou menos 4 centímetros de lado. Esta será a base da peteca, que deve ser envolvida com as demais. Repita esse embrulho até chegar ao tamanho desejado. Deixe as extremidades soltas para cima, formando as "penas" da peteca. Por fim, tire um pedaço mais fino da palha que sobrou, formando uma tira. Com ela, amarre o brinquedo, unindo a parte das folhas que estão soltas. Agora é só jogar!
Histórico Na aldeia Krukutu, quem ensina as crianças a fazer a peteca (mangá, em guarani) é Maria Paulina, 47 anos. Ela veio a pé do Paraná com os pais na época da fundação da aldeia e trouxe de lá essa tradição indígena.
Como brincar Olhos nos olhos, respira fundo e vai...
Começa-se batendo as palmas e fazendo os gestos devagar. Com cuidado,
todos vão aumentando a velocidade para não errar. Duas ou quatro pessoas
brincam juntas e várias duplas podem ficar lado a lado para aumentar a
disputa de quem faz os gestos melhor e mais rápido.
Variações Há inúmeras brincadeiras feitas com as mãos, cada uma com músicas e movimentos específicos, como adoleta e babalu, encontradas em várias partes do Brasil.
Histórico Essa versão de dom frederico foi levada à ONG de Carapicuíba por Jaqueline Alves da Silva, 18 anos. Ela aprendeu com uma prima quando ainda era criança.
Como brincar Em roda, o grupo gira enquanto canta. A
cada volta, fala-se o nome de uma criança (substituindo Joãozinho), que
deve se virar de costas para o centro do círculo, permanecendo de mãos
dadas com os amigos. Depois que todos estiverem nessa posição, cantam
"desvira todo mundo, esquerda janela". "A hora de virar é a mais legal",
avisa Gislaine Gomes dos Santos, 9 anos, que aprendeu a brincadeira com
Lucilene, da OCA.
Agradecimentos Oca e Aldeia Krukutu
fontte: http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/sao-paulo-diversao-todos-povos-682953.shtml
A menos de 30 quilômetros da metrópole, em Carapicuíba, ao lado de uma construção jesuítica, está a Associação da Aldeia de Carapicuíba (OCA). Dezenas de brincadeiras sobrevivem por lá nas mãos e nos olhares concentrados das crianças que frequentam a ONG e que têm períodos livres para brincar. Três delas são apresentadas nesta página e nas seguintes. "Cada geração nos traz alguns jogos", conta Lucilene Silva, coordenadora da OCA.
Na aldeia indígena Krukutu, em São Paulo, as gerações passaram, mas a tradição permaneceu. Lá estão representantes dos primeiros nativos do Brasil. Eles vivem a cultura de seus ancestrais, se comunicam em guarani e brincam com a peteca feita de palha de milho. São prova viva de que o brincar é mutante, mas também pode sobreviver às pressões do progresso.
Eu vi as três meninas
Peteca
Variações Há diversos outros tipos de peteca, entre elas aquela utilizada no jogo de badminton, que integra a Olimpíada.
Ingrediente Palha de uma espiga de milho.
Modo de fazer Retire a palha da espiga, evitando rasgá-la. Dobre a primeira folha, enrolando-a até formar um quadrado de mais ou menos 4 centímetros de lado. Esta será a base da peteca, que deve ser envolvida com as demais. Repita esse embrulho até chegar ao tamanho desejado. Deixe as extremidades soltas para cima, formando as "penas" da peteca. Por fim, tire um pedaço mais fino da palha que sobrou, formando uma tira. Com ela, amarre o brinquedo, unindo a parte das folhas que estão soltas. Agora é só jogar!
Histórico Na aldeia Krukutu, quem ensina as crianças a fazer a peteca (mangá, em guarani) é Maria Paulina, 47 anos. Ela veio a pé do Paraná com os pais na época da fundação da aldeia e trouxe de lá essa tradição indígena.
Dom Frederico
Variações Há inúmeras brincadeiras feitas com as mãos, cada uma com músicas e movimentos específicos, como adoleta e babalu, encontradas em várias partes do Brasil.
Histórico Essa versão de dom frederico foi levada à ONG de Carapicuíba por Jaqueline Alves da Silva, 18 anos. Ela aprendeu com uma prima quando ainda era criança.
Laranjas maduras
Agradecimentos Oca e Aldeia Krukutu
fontte: http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/sao-paulo-diversao-todos-povos-682953.shtml
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